quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sonho de Dom Bosco aos 9 anos

Pareceu-me estar perto de casa em um espaçoso pátio, onde estava reunida uma multidão de meninos. Alguns riam, outros brincavam, e muitos xingavam. 

Ouvindo aqueles palavrões, atirei-me no meio deles, tentando por meio de socos e gritos acabar com aqueles palavrões. 

Nesse instante apareceu um homem de belo porte, admiravelmente vestido, com um manto comprido, e a sua face era tão luminosa que ele não dava para olhá-la. Ele disse-me: 

- Joãozinho, não com pancadas, mas com amor, deves conquistar estes meninos e torná-los teus amigos. Começa, pois, a instruí-los sobre a distância que devem ter do pecado e a preciosidade de fazer o bem. 

Confuso e assustado, perguntei-lhe: 

- Mas, quem é você que me manda fazer coisas impossíveis? 

E aquele homem respondeu-me: 

- Eu sou o filho d’Aquela que sua mãe o ensinou a saudar três vezes ao dia. As coisas que hoje te parecem impossíveis, você as tornarás possíveis, um dia. Eu mesmo te darei a Mestra que fará de ti um sábio. 

De repente, todos os meninos se transformaram em cães, lobos e outros animais. 

Surgiu, então, ao meu lado uma mulher muito bela e, tomando-me com bondade pela mão disse-me: 

- Não tenhas medo. Tu deverás fazer com meus filhos o que me vês fazer, agora com estes animais. 

Naquele instante os animais tinham se transformado em mansos cordeirinhos. 

Aquela linda mulher ainda completou dizendo:

- Coragem, Joãozinho, a seu tempo tudo compreenderás!

Após essas palavras, um ruído qualquer me acordou, e tudo desapareceu.

Permaneci admirado. Parecia que minhas mãos doíam devido aos socos que tinha dado e que minha face doía pelos socos recebidos. Aquela personagem, aquela senhora, as coisas ditas e ouvidas, me ocuparam de tal forma a mente que não consegui retomar o sono aquela noite.

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