terça-feira, 29 de maio de 2012

O monge e o escorpião

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, entrou na água e pegou-o pela mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio.

Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, pegou o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados:

- Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: 
- A natureza dele é picar. A minha é salvar.

Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal. Tenha ações como um filho de Deus. Abençoe.

Quando a vida te apresentar mil razões para chorar mostre-lhe que tens mil e uma razões pelas quais sorrir.

domingo, 27 de maio de 2012

Pentecostes: Festa da unidade

 
Estamos celebrando com toda a Igreja a Solenidade de Pentecostes, assim como os apóstolos que aguardavam o cumprimento da promessa, reunidos no Cenáculo, estamos ansiosos para que este mesmo Pentecostes aconteça em nossas vidas. Olhar para a esta Solenidade é olhar para a obediência. Jerusalém estava cheia com peregrinos de todas as nações: [“Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem.”] At 2, 8-10 

Hoje, também celebramos o encerramento do Tempo Pascal, foram dias que nós experimentamos o ressuscitado, onde vimos a vitória da alegria sobre a tristeza. Celebremos o dom da ousadia, a intrepidez, a paresia, e faz com celebremos a força e o poder transformador de Jesus sobre a humanidade. Fazemos memória:“Todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor havia descido sobre ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente.” Ex 19,18 

Celebramos a festa da aliança do Deus que faz com o seu povo o um pacto de pertença a Ele, é um pacto de santidade. Somos hoje, convidados a fazer um novo pacto com Deus, o pacto do Pentecostes. Sejamos portanto, capazes de honrar este pacto. Deus quer que sejamos santos, é por isso que Ele quer derramar sobre nós o teu Espírito Santo. 

Façamos hoje com o Senhor o compromisso de santidade, experimentaremos a efusão do Espírito para vivermos o projeto de santidade que Deus quer fazer conosco. O Pentecostes não é só carismas, mas é força e instrumento da graça de Deus, para fazer de nós homens e mulheres santos, selados pela pertença do Senhor, somos sua herança. 
Existia medo no Sinai, mas em Pentecostes não existe medo e sim coragem, a ousadia. 

“Trata de um verdadeiro e próprio Batismo de Fogo, não por vontade humana mas pela força do Espírito de Deus.” Papa Bento XVI 

O Autor Sagrado quer evidenciar a diferença das “línguas” na construção da Torre de Babel em Gn 11 com a efusão do Espírito em At 2, existe uma confusão no primeiro episodio, pois eles queriam com suas próprias forças chegarem ao Céu, mas por causa do seu orgulho e vaidade, do desejo de estarem acima de tudo, ocorreu a confusão, visto que eles falavam a mesma língua, diferente de At 2 onde existia povos de diferentes línguas e nações, mas eles passaram a compreender aquilo que os apóstolos diziam. A Torre de Babel era um projeto contrário a vontade de Deus, ao contrario de Pentecostes. Precisamos pedir portanto, o dom da humildade para que possamos fazer uma experiência profunda com a manifestação do Espírito. Que ele venha atualizar em nós o dom da obediência. Todas as vezes que busquemos as coisas para o nosso próprio beneficio, experimentaremos a confusão e a destruição. Não queiramos nos aproximar de Deus para evidenciar a nós mesmo. 

Sejamos portanto, submissos e nos deixemos conduzir por Deus. Um obrade Deus pode ser destruída pelas opções erradas que nós mesmos tomamos. Não podemos nos sentir “donos” do Espírito onde as coisas só acontecem quando estamos. Precisamos ter cuidado: permitamos que Deus seja Deus, e que Ele faça uma obra verdadeira em nossas vidas. Escutemos a voz de Deus e caminhemos no espírito e não na carne. 

A Igreja é a nova anti-babel, onde mesmo sendo de diferentes pastorais estejamos unidos, pois o orgulho é obra do diabo na humanidade. Se nos achamos melhores do que os outros minamos os sonhos de Deus. Quando nos colocamos no centro do mundo, achamos que nós somos o céu e o outro o inferno. Não caminhos no orgulho espiritual, deixemos o Pentecostes acontecer em nossas vidas, se a unidade não ocorrer em nossa Igreja estaremos julgamos o outro como causador dos problemas. 

Não precisamos invejar uns aos outros, somos um pelo poder do espírito, nos tornamos portadores do dom que o outro possui. Temos em plenitude os dons e graça do Espírito. Somos um corpo e pertencemos ao Corpo de Cristo. Ninguém é melhor do que ninguém. 

“O Pentecostes te a capacidade de transformar confusão em comunhão”Papa Bento XVI
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A obra de Deus é a comunhão e a unidade

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do   Brasil (CNBB) está promovendo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos desde o último domingo, 20, até dia 27 de maio. A proposta é fazer com que todos os cristãos possam entrar num processo permanente de conversão, trabalhando pela vitória de Cristo, que começa com a promoção da unidade entre os cristãos. 

O tema deste ano é “Todos seremos transformados pela vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Cor 15,51). O objetivo é buscar indicar o caminho de conversão que todos os cristãos são chamados a fazer, como explica o presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, dom Francisco Biasin. “Queremos seguir o exemplo de Jesus, que não impôs a unidade, mas orou por ela”.

A temática leva ainda os cristãos a uma meditação sobre a ação constante da oração de Jesus. “O próprio Deus vive a comunhão nas três divinas pessoas. A unidade das igrejas, dos discípulos de Jesus, deve se espelhar nesta comunhão da Trindade”, explica dom Biasin. 

O bispo recorda que os vinte séculos do cristianismo têm muitas marcas de divisão, e que isto é obra humana. “A obra de Deus é a comunhão e a unidade”. Por este motivo, Biasin lembra que cada cristão deve rezar pela unidade e trabalhar por ela, apesar das dificuldades e resistências que possa estar no coração de cada um.

Como ser um só rebanho?

Dom Biasin explica que para sermos “um só rebanho e um só pastor”, não é preciso estar na mesma igreja, mas valorizar a riqueza de cada uma. “Que todas as igrejas façam um esforço de conversão ao Senhor Jesus e assim possam convergir do local onde estão para Jesus. Mais próximas d’Ele, cada uma com o seu caminho feito, seremos discípulos de muitas faces, mas não de uma cara só”. 

O principal subsídio para reflexão durante a Semana de Oração é um caderno de oração, que foi inicialmente elaborado pelas igrejas da Polônia. Depois de adaptado, o subsídio foi publicado em conjunto pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos do Vaticano e pela Comissão de Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas, de Genebra. No Brasil, a publicação foi traduzida pela CNBB e adaptada para a realidade brasileira pelo CONIC.

Para o presidente da Comissão para o Ecumenismo, um aspecto forte da Semana de Oração e do constante diálogo ecumênico é o encontro com a diversidade. “Quando ela é colocada a serviço da comunhão, ela se torna uma riqueza. Uma vez unidos, esta diversidade colocada em comunhão, enriquece a todos”, enfatizou.
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O milho premiado

Essa é uma história de um fazendeiro bem sucedido. 

Ano após ano ele ganhava o troféu MILHO GIGANTE da feira da Agricultura do município. Entrava com seu milho na Feira e saía com a faixa azul recobrindo o seu peito. O seu milho era cada vez melhor.

Numa dessas ocasiões um repórter de jornal ao abordá-lo após a tradicional colocação da faixa ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre como costumava cultivar o seu qualificado e valioso produto.

O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos.

Indagou o repórter: Como o senhor pode dispor a compartilhar a sua melhor semente com seus vizinhos, quando eles estão competindo com o seu a cada ano?

O fazendeiro pensou por um instante e respondeu: Você não sabe? O vento apanha o pó do milho maduro e o leva de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam um milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom eu tenho que ajudar os meus vizinhos a cultivarem milho bom.

Ele estava atento. Olha que sabedoria do fazendeiro. O milho dele não poderia melhorar se o milho do vizinho também não tivesse a qualidade melhorada.

Assim é também outras dimensões de nossa vida, aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz, aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem. E aqueles que querem ser felizes, têm que ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem estar de cada um está ligado ao bem estar de todos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Nosso valioso tesouro

Durante uma noite escura um homem caminhava desolado pela praia e pensava assim: 

Ah! Se eu tivesse uma casa bem grande eu seria feliz.
Ah! Se eu tivesse um excelente trabalho eu seria feliz
Ah! Se eu tivesse uma companheira bonita eu seria feliz

Neste momento tropeçou numa sacolinha cheia de pedras e passou a joga-las, uma a uma, no mar a cada vez que dizia com raiva:

Ah! Seria feliz se eu tivesse um lindo carro
Ah! Seria feliz com uma bela lancha
Ah! Eu seria feliz se pudesse fazer longas viagens

Prosseguiu até que a sacolinha ficou com uma só pedrinha e esta ele acabou guardando.

Ao chegar em casa ele percebeu que aquela pedra era um diamante muito valioso. Pensando nos outros que havia jogado fora voltou desesperado até a praia e ficou a noite inteira tentando recuperar o tesouro perdido, mas não conseguiu achar nenhum dos que atirou no mar.

Restou a ele apenas uma pequena parte de tudo que sempre sonhou.

Quantos de nós vivemos jogando fora nossos preciosos tesouros por sonharmos com aquilo que é perfeito sem dar valor ao que temos perto de nossas mãos.

A felicidade está muito próxima de cada um, se déssemos valor a cada pedrinha que conquistamos na caminhada da vida, quantas coisas maravilhosas já teríamos!