domingo, 27 de maio de 2012

Pentecostes: Festa da unidade

 
Estamos celebrando com toda a Igreja a Solenidade de Pentecostes, assim como os apóstolos que aguardavam o cumprimento da promessa, reunidos no Cenáculo, estamos ansiosos para que este mesmo Pentecostes aconteça em nossas vidas. Olhar para a esta Solenidade é olhar para a obediência. Jerusalém estava cheia com peregrinos de todas as nações: [“Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem.”] At 2, 8-10 

Hoje, também celebramos o encerramento do Tempo Pascal, foram dias que nós experimentamos o ressuscitado, onde vimos a vitória da alegria sobre a tristeza. Celebremos o dom da ousadia, a intrepidez, a paresia, e faz com celebremos a força e o poder transformador de Jesus sobre a humanidade. Fazemos memória:“Todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor havia descido sobre ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente.” Ex 19,18 

Celebramos a festa da aliança do Deus que faz com o seu povo o um pacto de pertença a Ele, é um pacto de santidade. Somos hoje, convidados a fazer um novo pacto com Deus, o pacto do Pentecostes. Sejamos portanto, capazes de honrar este pacto. Deus quer que sejamos santos, é por isso que Ele quer derramar sobre nós o teu Espírito Santo. 

Façamos hoje com o Senhor o compromisso de santidade, experimentaremos a efusão do Espírito para vivermos o projeto de santidade que Deus quer fazer conosco. O Pentecostes não é só carismas, mas é força e instrumento da graça de Deus, para fazer de nós homens e mulheres santos, selados pela pertença do Senhor, somos sua herança. 
Existia medo no Sinai, mas em Pentecostes não existe medo e sim coragem, a ousadia. 

“Trata de um verdadeiro e próprio Batismo de Fogo, não por vontade humana mas pela força do Espírito de Deus.” Papa Bento XVI 

O Autor Sagrado quer evidenciar a diferença das “línguas” na construção da Torre de Babel em Gn 11 com a efusão do Espírito em At 2, existe uma confusão no primeiro episodio, pois eles queriam com suas próprias forças chegarem ao Céu, mas por causa do seu orgulho e vaidade, do desejo de estarem acima de tudo, ocorreu a confusão, visto que eles falavam a mesma língua, diferente de At 2 onde existia povos de diferentes línguas e nações, mas eles passaram a compreender aquilo que os apóstolos diziam. A Torre de Babel era um projeto contrário a vontade de Deus, ao contrario de Pentecostes. Precisamos pedir portanto, o dom da humildade para que possamos fazer uma experiência profunda com a manifestação do Espírito. Que ele venha atualizar em nós o dom da obediência. Todas as vezes que busquemos as coisas para o nosso próprio beneficio, experimentaremos a confusão e a destruição. Não queiramos nos aproximar de Deus para evidenciar a nós mesmo. 

Sejamos portanto, submissos e nos deixemos conduzir por Deus. Um obrade Deus pode ser destruída pelas opções erradas que nós mesmos tomamos. Não podemos nos sentir “donos” do Espírito onde as coisas só acontecem quando estamos. Precisamos ter cuidado: permitamos que Deus seja Deus, e que Ele faça uma obra verdadeira em nossas vidas. Escutemos a voz de Deus e caminhemos no espírito e não na carne. 

A Igreja é a nova anti-babel, onde mesmo sendo de diferentes pastorais estejamos unidos, pois o orgulho é obra do diabo na humanidade. Se nos achamos melhores do que os outros minamos os sonhos de Deus. Quando nos colocamos no centro do mundo, achamos que nós somos o céu e o outro o inferno. Não caminhos no orgulho espiritual, deixemos o Pentecostes acontecer em nossas vidas, se a unidade não ocorrer em nossa Igreja estaremos julgamos o outro como causador dos problemas. 

Não precisamos invejar uns aos outros, somos um pelo poder do espírito, nos tornamos portadores do dom que o outro possui. Temos em plenitude os dons e graça do Espírito. Somos um corpo e pertencemos ao Corpo de Cristo. Ninguém é melhor do que ninguém. 

“O Pentecostes te a capacidade de transformar confusão em comunhão”Papa Bento XVI
Fonte: Canção Nova

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